Com 90 kg e 1,60 m, seu IMC = 35,1 kg/m², o que corresponde a obesidade grau II(não é grau I). Isso tem muita importância porque, a partir dessa faixa, o excesso de peso altera a biomecânica dos pés, sobrecarregando estruturas como a fáscia plantar, tendões e articulações.

Relação entre obesidade e fascite plantar:

A fascite plantar é uma inflamação ou degeneração da fáscia: o tecido fibroso que sustenta o arco do pé. O peso corporal excessivo é um dos principais causadores da doença e também da sua cronicidade (dificuldade de cura).

Ou seja, a obesidade piora e a perpetua a fascite plantar.

A boa notícia é que a perda de peso permite grande melhora da fascite plantar: pesquisas mostram que perder 10% do peso corporal já reduz muito a dor e melhora a função dos pés. Com perda de 10 a 15 kg e adesão ao tratamento combinado, há grande chance de cura completa.

O que costuma falhar não é a fisioterapia em si, mas a falta de correção do fator causal principal, que é o excesso de peso. 

E agora, que fazer? 

-Redução de peso corporal: Avaliação endocrinológica e nutricional;

-Reabilitação e suporte ortopédico: Palmilhas sob medida, Calçados com amortecimento, Alongamentos diários da panturrilha e planta do pé, Terapias de onda de choque extracorpórea ou infiltrações locais (em casos resistentes).

-Alívio de inflamação e dor: Crioterapia (gelo local), massagens com bola de tênis ou rolo, Medicamentos anti-inflamatórios sob orientação médica; Avaliação para fatores contribuintes (pé cavo, esporão calcâneo, encurtamento muscular, etc.).