Você já deve ter lido muitas das mensagens do Oiaqui, e se o fez lhe foi possível observar que não há um só relato que seja semelhante a outro. Isso mostra que cada ser humano, embora seja um ser gregário, coletivo, tem sua individualidade, fruto da combinação aleatória de elementos genéticos, culturais e sócio-econômicos que irão constituir a matriz sobre a qual serão formadas as bases do seu comportamento como ser social. Tal determinismo é muito forte e quando dele surge um desenho de indivíduo que causa desconforto à comunidade, esta adota mecanismos de repressão e de exclusão. Pelo seu relato você não parece ser alguém com impulsos destrutivos dirigidos aos códigos de comportamento social. Portanto, você não é visto como alguém que represente ameaça para aqueles que lhe estão em volta; sendo que seu desconforto surge de um impulso involuntário de auto-exclusão. 

Mas você não emite sinais que indiquem uma vontade, um desejo de ser assimilado, ser aceito pelos grupos sociais e/ou familiares que lhe cercam. Assim, a questão se resume a saber se você se aceita como tal e está confortável com essa situação. Ou se deseja  mudar sua estrutura comportamental, “redesenhando sua programação mental”, avançando na caminhada que separa o que você é daquilo que você deseja ser.