você não precisa se identificar


Fiz uma biópsia de uma ferida na pele, que não cicatriza. Isso foi ha dois anos, sendo que diagnosticou leishmaniose tegumentar. Fiz tratamento com glucotime e a infectologista me considerou curada da doença. Mas a ferida ainda não cicatrizou. Farei outra biópsia de pele, mas gostaria de saber as possibilidades do que pode ser. Obrigada.
Preciso avisar-lhe que você está lidando com uma doença difícil de tratar e frustrante, especialmente após um diagnóstico confirmado de leishmaniose tegumentar e tratamento adequado com Glucantime. O fato de a ferida persistir por dois anos após o tratamento exige uma nova abordagem diagnóstica cuidadosa. Aqui estão as principais possibilidades clínicas:
1. Recidiva ou leishmaniose refratária
Mesmo após tratamento, a Leishmania pode persistir em níveis baixos na pele. Em alguns casos, o parasita não é completamente erradicado, especialmente se:
• houve falha terapêutica primária (resistência à droga),
• o esquema terapêutico foi interrompido ou insuficiente,
• o paciente tem imunossupressão leve ou subclínica.
Sinais de alerta:
• reaparecimento de bordas elevadas na lesão;
• nova ulceração ou infiltração;
• ausência de cicatrização progressiva.
2. Leishmaniose cutânea anérgica (forma atípica)
É uma forma crônica e rara, geralmente sem reação inflamatória exuberante, com dificuldade de cicatrização. Pode ocorrer em pacientes imunocompetentes, mas é mais comum em indivíduos com defeitos de resposta celular.
3. Reação tipo granulomatosa crônica pós-infecciosa
Mesmo sem mais parasitas viáveis, pode haver uma resposta inflamatória residual crônica, mediada por células T, como um tipo de “hipersensibilidade retardada”.
Recomendações importantes:
1. Fazer nova biópsia profunda e com ampla amostragem, incluindo:
• Anatomopatológico com coloração de Giemsa e HE;
• Cultura para fungos e micobactérias;
• PCR para Leishmania, se disponível.
2. Testes laboratoriais complementares:
• Glicemia, hemograma, função hepática e renal;
• Sorologias fúngicas e para doenças autoimunes (se houver suspeita clínica).
3. Consulta com dermatologista especializado em doenças infecciosas tropicais.

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14/05/2025

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