Se o mal hálito persiste há quase um ano e o dentista já descartou causas odontológicas (cáries, gengivite, saburra lingual, próteses mal adaptadas etc.), é hora de investigar causas sistêmicas, digestivas ou mesmo comportamentais. Aqui vão os passos mais eficazes para investigar e tratar:

1. Avaliar o trato gastrointestinal

O aparelho digestivo é um dos maiores vilões do halitose persistente.

• Refluxo gastroesofágico (DRGE): pode causar gosto amargo, boca seca e mau hálito.

• Infecção por H. pylori: bactéria associada a gastrite e úlceras, pode causar odor forte.

• Mau esvaziamento gástrico / digestão lenta.

Sugestão: Consulte um gastroenterologista. Exames como endoscopia digestiva alta e teste para H. pylori (sangue, fezes ou respiração) podem ajudar.

2. Checar a função nasal e respiratória

Respiração bucal, rinites, sinusites crônicas e amígdalas com cáseos podem ser fontes importantes de mau hálito.

Sugestão: Avaliação com um otorrinolaringologista.

3. Avaliar hábitos e medicamentos

• Jejum prolongado, dietas low-carb/cetogênicas e desidratação levam à halitose.

• Medicamentos que ressecam a boca (antidepressivos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos).

• Tabagismo ou uso frequente de álcool.

4. Revisar saúde sistêmica

• Diabetes mal controlado pode causar hálito cetônico.

• Problemas hepáticos ou renais, embora mais raros, também causam odores corporais e orais.

O que você deve fazer agora, antes de exames:

• Beber mais água ao longo do dia.

• Escovar a língua com raspador lingual. E gargarejar bastante com água e sal, sempre que se alimentar. Pratique caminhadas todos os dias.

• Evitar jejum prolongado (nunca fique mais de 3 horas sem comer uma fatia de alguma fruta).

• Eliminar café, refrigerantes, doces, biscoitos, álcool e cigarro da sua dieta. Fugir do estresse.

• Marcar consulta com gastroenterologista e otorrinolaringologista.