Doutor, não o conheço pessoalmente, apenas por aqui. Sinto uma admiração muito forte pelo Senhor e pelo seu trabalho.
Não é todo mundo que “nasceu pra ser” médico. Uso as aspas porque partilho da opinião de que muitas habilidades podem ser aprendidas.
Mas, cada vez mais, me deparo com profissionais da saúde que parecem ter escolhido a área apenas pra gozar do prestígio social que vem junto com a escolha.
Pra ser médico é preciso “gostar de gente”, no sentido mais genuíno da expressão e, de preferência, se interessar por coisas que vão muito além do que a academia ensina.
Suas palavras são firmes e empáticas. A assertividade da sua comunicação, a seleção do vocabulário que usa, a pontuação do texto e o tom descontraído me proporcionam um prazer intenso na leitura. Eu o vejo como uma inspiração.
Quando mostro para amigos, incrédulos, eles dizem que as respostas são feitas por uma IA. Que sejam! Mas eu volto para as primeiras postagens da página e provo, sem necessidade nenhuma de advogar em seu favor, que o projeto é antigo, do tempo que escrever demandava esforço cognitivo e “sentimento” humano.
E esses elogios que lhe faço, vale ressalvar, não tiram o brilho da escrita mais distante da língua formal, feita por quem aprendeu a ler e a escrever resistindo aos problemas sociais.
Aqui, mais um motivo de admiração: vejo que o senhor responde às pessoas humildemente, sem preconceito linguístico em relação à forma simples e “errada” de escrever.
Por mais que alguns insistam a fazer propaganda negativa a seu respeito, eu insisto em não acreditar, porque somente uma pessoa extremamente humana poderia dar uma resposta tão solidária e cheia de afago como a que o senhor deu, por exemplo, para a jovem que está vivendo uma gravidez indesejada.
Esse espaço é meu cantinho de leitura diária.
Para além disso, entendo que a autenticidade tem um preço e que precisamos conviver com a ideia de que não há unanimidade quando se trata de gostar ou não de alguém. Querer agradar todo mundo é um erro. Estou aprendendo a me dar o direito de ser “mal falada” e viver en paz comigo.
Fique em paz!