você não precisa se identificar
Olá , há algumas semanas descobri que fui traída e estou sentindo um turbilhão de sentimentos, mas não consigo colocar pra fora. Me encontro em um ponto em que estou com medo de mim mesma, pois eu não quero sentir e acho que isso está me amargurando: estou deixando de ser a garota que fui um dia , pra virar esse monstro que estou sendo hj.
Traição? Se estresse não, pois isso agora é a regra, não é mais a exceção! Voltemos mais uma vez a Spinoza: “nem rir, nem chorar, apenas entender”. Entender que as relações afetivas interpessoais sofreram, nos últimos 40 anos, mudanças radicais, profundas, ambíguas e irônicas. Somos todos, agora, movidos por um irrefreável desejo de mudanças, impulsos de autotransformação e de transformação do que nos está em volta. Ao mesmo tempo vivemos sob o signo do medo, da desorientação e do terror de uma vida que, a todo momento, se desfaz em pedaços. Há pouco mais de cem anos Marx antecipou esse desmoronamento dos fundamentos econômicos e comportamentais sobre os quais se estruturava a sociedade ocidental, cristã, ao dizer: “Vivemos numa sociedade na qual tudo que é sólido se desmancha no ar”.
Acabou-se o “pertencer”, o ser “dono”, senhor do destino, de algo ou alguém. Acabou-se o “ser pertencido” por algo ou alguém. Agora tudo é produto de consumo rápido, nada é perene e todas as relações são impermanentes.
Me lembrei de Ivan Karamazov (vc leu OS IRMÃOS KARAMAZOV?) dizendo que a morte de uma criança, assim como a morte de um amor, dá vontade de devolver ao universo o seu bilhete de entrada. Mas ele termina por não fazer isso. Então, assim como ele, você continuará a lutar e a amar. Assim como ele (e eu) você vai continuar a continuar. Sem perder a capacidade de sorrir e de sonhar. Aquecendo quem lhe aquece, esquecendo quem lhe esquece
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Dr sinto dor na bexiga ao fazer xixi
26/03/2024
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