você não precisa se identificar
Boa noite, Tainá. Antes de tudo, VOCÊ É NORMAL. Até porque, o que vem a ser o normal, qual o significado da palavra “normal”? No contexto do comportamento social, ou seja da relação que a pessoa mantém com aqueles que lhe estão em volta e com a sociedade humana como um todo, se diz que um individuo é normal quando apresenta uma conduta que é aceitável, habitual, comum.
Ora, os conceitos de normalidade sofreram e continuam sofrendo, com o passar dos tempos, grandes mudanças. Tome, por exemplo, nossa aparência física, nossas vestimentas: há cem anos as mulheres tinham que usar roupas longas, mangas compridas, seios escondidos; os homens deviam portar chapéus, usar paletós, sapatos escuros muito polidos, etc. Hoje, tudo mudou completamente: existem vários normais com relação ao modo de vestir-se. É quase como que cada pessoa fosse UM NORMAL: da quase nudez, à “quase burca”, tudo é aceito como normal.
Veja outro exemplo: o parto. Há cem anos o normal era parto por via baixa, que muitas vezes resultava na morte da criança e/ou da mãe. Agora, o parto que era normal (e ainda hoje é chamado de normal) não acontece em mais de 10% das grávidas, pois 90 % dos partos são cesarianos, ou seja cirúrgicos, anti-naturais. E, apesar disso, a prática os colocou na “família” dos eventos normais.
Tomemos a outrora polêmica questão da sexualidade: há menos de cem anos países como a Inglaterra ainda consideravam anormal (e condenavam à morte) os homossexuais, pois a hipócrita e doentia sociedade de então só entendia como “normal” o comportamento heterossexual. Hoje em dia já há mais de vinte comportamentos sexuais reconhecidos como normais.
Portanto, o fato de você não se sentir motivada a se afeiçoar aos pais ou a qualquer outra pessoa e facilmente se enraivecer, alimentando sentimentos conflituosos, agressivos para com aqueles que lhe estão em volta, não é uma anormalidade. Isso, desde de que você não materialize esses impulsos de agressão, molestando os outros através de palavras ou atos de violência física.
Você não está sozinha nesses desconfortáveis sentimentos de rejeição e raiva: vivemos e viveremos cada vez mais em sociedades constituídas por pessoas isoladas, solitárias, desconfiadas, competitivas e desprovidas de sentimentos de solidariedade mútua. Acabou-se a solidariedade familiar, a ajuda mútua, despretenciosa. E as crianças mais inteligentes, mais sensíveis percebem isso muito cedo, assimilando, assim, tal comportamento no ambiente familiar e, em seguida, na escola, no trabalho, na vida amorosa. Enfim, não há mais, no mundo urbano moderno, espaços para o pertencimento mútuo, para a poesia dos relacionamentos românticos e a entrega ao outro.
-“Então e agora, o que faço?”, você deve estar a perguntar-se! Respondo-lhe: direcione toda essa energia que queima dentro do seu peito para a busca de conquistas socialmente aprovadas e aplaudidas: grandes atletas, atores famosos, políticos poderosos, empresários de sucesso, começaram a vida exatamente como você: sem nenhuma afeição por ninguém e desejando eliminar quem estivesse por perto. Há tempos li uma entrevista do famoso diretor de Hollywood, Quentin Tarantino, na qual ele dizia:
- “Se não tivesse dirigido toda a energia da minha agressividade e revolta para a profissão de diretor de cinema, hoje eu seria uma traficante de drogas ou um assaltante”.
Há anos convivi de perto, em Paris, com um médico muito famoso, que me disse rejeitar seus parentes, não se imaginar casado e não sentir qualquer necessidade de ter amigos. Toda aquela energia de conflitos ele direcionava para o trabalho, escrevendo muitos artigos e livros de sucesso, proferindo palestras, acumulando prestígio e grana.
E eu poderia contar-lhe muitos casos semelhantes a esses dois, resumidos acima.
Enfim, Tainá, não brigue com o destino, negocie com ele: - pratique muita atividade física, correndo, fazendo musculação (isso ajuda muito); - mergulhe nas leituras (se vc quiser uma lista de boas sugestões de leitura, irá encontrar no Oiaqui); - fuja das mídias sociais (Insta, Face, etc) pois são fábricas de insanidade; - se apaixone por um esporte (caminhadas, natação, futebol, judô, capoeira, ciclismo, maratonas) direcionando toda essa energia pra se tornar campeã; - escolha uma profissão muito competitiva (politica, pastora de igreja evangélica, advogada, médica, ou empresária) e se dedique a ela com todas as suas energias, dizendo-se: “ninguém vai me segurar”!
E, de vez em quando, me mande noticias.
Abrá.
Valeu o toque. Você tem razão. Deixarei de abordar a questão de modo tão irreverente. Acontece que, do ponto de vista pessoal, numa perspectiva histórica, sou adepto da filosofia de Durkheim, que vê o suicídio como um fenômeno que, embora tenha sólidas bases sociais, resulta, na escala individual, de um forte sentimento de egoísmo, com perda da solidariedade de grupo. Assim, quando ironizo alguém que diz estar planejando buscar o suicídio, tento trazê-lo para uma dimensão mais coletiva da sua existência, pois aquele que planeja praticar suicídio está demonstrando um extremo egoísmo. E a ironia bem humorada é uma excelente vacina contra o suicídio.
Não se preocupe. Os efeitos colaterais dos vermífugos costumam ser autolimitados, desaparecendo em poucos dias. Se a constipação continuar após 10 dias da ingestão do vermífugo, consulte o pediatra.
Sim. Pode tomar Toddy (e Nescau também) enquanto usa vermífugos, sem problemas.
Vá à clínica, levando o resultado do exame e peça pra falar com a administradora. Diga-lhe que deseja o recibo e a nota fiscal do valor pago pelo exame. Ela irá providenciar.
Não há relatos científicos de que o albendazol tenha efeitos abortivos.
Anda, chega pra cá
vem me ensinar
o que é gostar
Se aquiete aí. Por enquanto, vá tomando suco de maracujá. E aguarde pelo menos 1 semana entre o albendazol e o primeiro copo de cerveja. Tenha pena do seu fígado!!
Nem pensar. Albendazol não combina com amamentar. Se estás amamentando tua filha Albendazol não podes tomar!
Só acredito num tipo de espírito. Esse está por todas as partes, todos os lugares. E não dá paz nem alívio a nenhum mortal: é o “espírito de porco”.
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